WHITE DENIM - D
Um daqueles diamantes que incompreensivelmente passou ao lado de muito boa gente.
Com uma carreira consistente nos últimos anos, estes texanos têm crescido muito na sua arte, sem medo de procurar novos caminhos a cada novo álbum.
Por aqui, as portas estão escancaradas à experimentação, à liberdade melódica e lírica.
Os músicos são de calibre superior mas sem vedetismos nem exageros de qualquer tipo.
É rock de garagem, indie suado, versátil, psicadélico por vezes, com mantras trabalhados ao detalhe que descobrimos com um sorriso nos lábios a cada novo acorde.
Cada faixa tem a audácia que uns Radiohead há já algum tempo deixaram para trás e quando achamos que não podem ir mais longe, eles dão novo passo em frente e puxam-nos para o sítio luminoso onde a sua música já chegou.
E partilham connosco um segredo: não é difícil fazer rock. E sabe mesmo bem.
Dificil é criar rock com sangue na guelra, capaz de ressuscitar os fantasmas dos seus primórdios, que levaram gerações inteiras desafiar convenções e pensar pela sua própria cabeça, coisa impensável hoje.
Álbuns destes são um privilégio em dias de crise também na música, que se limita a repetir à exaustão fórmulas gastas.E aborrecidas como o raio.
Basta passar por aqui para recarregar baterias.
É grátis.
Thank God.
Espalhem a boa nova.

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